Uncanny X-Men #500

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A primeira revista dos X-Men, que começou como X-Men e depois ganhou o adjetivo Uncanny, chega ao número 500.

É algo impressionante se lembrar que, antes da chegada de Chris Claremont, Wolverine e Tempestade, a série estava republicando suas próprias histórias, a um passo do cancelamento.

ROTEIROS: Ed Brubaker e Matt Fraction
ARTE: Terry Dodson e Greg Land
ARTE-FINAL: Rachel Dodson e Jay Leisten
COR: Justin Ponsor
EDITORA: Marvel

Os X-Men se mudaram para San Francisco após a saga Messiah CompleX, e Brubaker e Fraction tentam criar um novo mundo para eles. É interessante essa mudança, para diversificar um pouco os cenários na Marvel.

Kingo Sunen, um diretor japonês, decide filmar um filme de ficção científica nos Estados Unidos, e escala Fred Dukes, o vilão conhecido como Blob que, após perder seus poderes, se tornou um ícone na indústria dos produtos para emagrecer.

Enquanto isso, homens, liderados por um artista plástico chamado Guy DeMondue trazem caixas gigantes com... Sentinelas. Oh oh.

Nas últimas edições, Ciclope e Emma foram para San Francisco, que estava sob a influência da Mestra Mental, e acabaram sendo convidados para montar o QG dos X-Men na cidade. É interessante que tenha algum político que seja a favor dos X-Men, que fique fascinado com eles. A prefeita parece mais uma fã, já que se sente fascinada por ser carregada por Tempestade.

O QG, ainda em construção aqui, fica perto da marina, por não ter muita gente. Fraction e Brubaker colocam ainda a questão ambiental, com Ciclope e a prefeita conversando sobre quão "verde" será a base. Mas a melhor frase a respeito vem do Fera: "Acreditamos que o Homo Sapiens Superior represente o futuro... então melhor começar a viver como tal."

Mas o que fica instigado é que o Anjo e a prefeita, após vivenciarem juntos o "transe" da Mestra Mental (que fez todos pensarem que eram hippies), podem ainda estar juntos.

Quando a prefeita fala da exposição com os Sentinelas, os X-Men decidem aparecer. E o mais interessante é quando, na convenção, aparecem mulheres fantasiadas com vários dos uniformes usados por Jean Grey, além de visuais antigos da Vampira e Polaris, entre outras. E o povo decide se manifestar.

Quer algo engraçado?
O povo se manifesta A FAVOR.

Subitamente, quem aparece?
MAGNETO!

Claro, junta o Magneto e Sentinelas... O legal é que não é parte de um mega-evento, mas sim uma edição com um vilão, um BOM vilão.

A arte só beneficia, dando algo leve e ágil. O primeiro Arremesso Especial de Colossus e Wolverine, desenhado por Dodson, não ocupa a página toda, e nem precisa, pois já fica bem ilustrado. Aliás, a edição não possui uma ilustração que ocupe uma página inteira. Greg Land, por outro lado, se preocupou em fazer cada sombra do elmo de Magneto, dando aquele tom sombrio que o personagem necessita quando age de forma vilanesca.

O grande problema é o Anjo. Na mesma edição ele tem um uniforme e um corte de cabelo por desenhista.

Você acha que isso é tudo? Mal Magneto vai embora e é revelado que o diretor japonês trabalha pro Alto Evolucionário, que decidiu acordar aquele Celestial dorminhoco (da mini-série dos Eternos, de Neil Gaiman).

Não, meus caros... não é coincidência. No final, os roteiristas apresentam a sua nova-favorita, Pixie, e capangas do Clube do Inferno decidem atacar.

A edição, por ser de número 500, não apresenta o final nem o começo de uma grande saga, mas sim o começo de uma nova fase que, por ora, promete.