Witchblade é a única série da Top Cow que foi ligeiramente cuidada, se mantendo até hoje, chegando a mais de cem edições, ao contrário do Darkness, por exemplo. Isso levou a editora a prestar mais atenção na série, que evoluiu nos roteiros e na arte.

A partir do momento em que a Witchblade passou a ficar com duas mulheres (Sara Pezzini, que já era a Witchblade, e a novata Danielle Baptiste), a premissa ficou mais interessante, porque é possível trabalhar com vários núcleos separadamente.

Sara está de mudança, e Dani vai para um jantar com um homem que salvou na noite anterior. O que detestei é que Dani vai logo contando tudo que sabe (não que seja muito) sobre a manopla.

Sara engravidou e já deu a luz. Então, se temos um bebê, temos...fantasmas! E nos bichinhos de pelúcia! Um dos maiores clichês é um fantasma rondar um bebê, principalmente se for o espírito de uma mãe. Nesse caso, o espírito precisa da vida do bebê, que é pura.

Amon Sur, Tropa Sinestro do nosso setor, morreu, e o anel tenta ir para o Espantalho, mas Hal e John conseguem detê-lo antes.

O problema é que Amon Sur foi morto, e os colegas da Lanterna Laira consideram que foi pura e simplesmente assassinato. Por conta disso, os Guardiões resolvem criar uma força-tarefa. Sim, agora OA tem Corregedoria, mas chamam de Alpha-Lanterns. Vários Lanternas são selecionados por sua habilidade de fazer justiça, incluindo John Stewart. Cada Alpha-Lantern terá um anel a mais, e se ligará diretamente ao Livro de OA.

Porém, John Stewart se recusa até saber as outras 9 novas leis, já que a primeira permite assassinatos.

O problema é que os Alphas possuem características dos Caçadores, incluindo as baterias que exaurem os anéis dos outros Lanternas. Será isso uma coisa boa?

Ultimate Spider-Man tem um sério problema: alterna arcos bons com arcos ruins. Porém, desde a entrada de Stuart Immonen na arte, Brian Bendis só escreveu arcos bons. Primeiro foi com o Duende Verde, e agora é pra trazer uma versão Millenium do Homem-Aranha E Seus Amigos.

A edição começa com Peter sem conseguir se concentrar, só lembrando da morte de seu amigo Harry Osborn, morto pelo pai, Norman (que foi morto em seguida). Mary Jane tenta se ajustar ao emprego em uma lanchonete quando Liz aparece, agindo estranhamente. Johnny Storm (sim, o Tocha Humana é praticamente membro do elenco aqui) tenta ter um encontro normal, sem a imprensa.

Johnny resolve aparecer na escola, e encontra Kitty Pryde (sim, a X-Man é membro do elenco), e toda a turma naquele climão de "eu namorava o Peter mas ele me largou pela ruiva". Pra completar, o Homem de Gelo, outro ex de Kitty, aparece. Kenny, o atual de Kitty, fica a ver navios ali. Pra fazer as pazes, todos vão pra praia!

Aí, claro, se revela um plano maior de Bendis, quando Liz fica em chamas. Sim, Liz Allen é a Flama Ultimate! Dado que ela sempre teve medo de mutantes e até evitava o assunto, mostra-se que Bendis tinha planos para a moça desde sempre. Resta ver como vai continuar.

Adoro números zero. É uma chance da editora te convencer a acompanhar aquele projeto.

Superpowers já vem com motivos de sobra para isso. A Dynamite nem precisava se esforçar para obter atenção. Estamos falando de um projeto de Alex Ross e sua equipe com heróis da Era de Ouro que estavam esquecidos! Quer mais?

A história começa com Bruce Carter, um senhor de idade que começa a ser assombrado por uma bandeira americana viva, que questiona a vida de Carter. Então, é revelado que Carter era o Fighting Yank, um herói da Segunda Guerra. Carter começa a lembrar de reuniões de heróis para ver como atacariam a Alemanha.

É bacana toda essa onda de revival da Era de Ouro. Espero que apareçam mais projetos assim, pois são personagens bem interessantes para trabalhar.

Um plano maior, enxergando longe. Era isso que Ed Brubaker tinha em mente quando assumiu a série do Capitão América, logo trazendo o ex-sidekick Bucky de volta.

O mais inteligente é que Brubaker não teve de violar nenhuma regra de morte, já que Bucky não morreu, ao contrário do que todos concluíamos. Com o ex-aprendiz de volta, o Capitão América tinha de lidar com um lado sombrio de seu trabalho, que acabou refletido na Guerra Civil.

Porém, ao final da Guerra Civil, o Capitão América é morto no meio das tramas de Brubaker, e a série continuou sem o protagonista-título por 8 edições.

Chegou a hora do novo Capitão.

O óbvio e merecido é que o aprendiz se torne mestre - no caso, que Bucky se torne o Capitão. Mas, além disso, Brubaker cria um Capitão de acordo com os novos tempos (sim, podem comparar com Jack Bauer), sem medo de chegar a um extremo. Ao mesmo tempo que Bucky honra a memória de Steve Rogers através do escudo e todo seu simbolismo, sabe que é preciso ser mais enérgico contra todo tipo de crime. O uniforme, mais escuro (baseado no preto, e não no azul), com uma arma e uma faca, reflete esse ponto.

Aqui Bucky já é o Capitão, e parte com a Viúva Negra para combater integrantes da IMA. Claro que os vilões ficam estarrecidos, sem acreditar que tem um novo Capitão América na área. Ponto-surpresa.

(Na primeira cena de Tony Stark na história há a chamada "Dr. Jack Shephard... Os perdidos estão encontrados. Detalhes podem ser encontrados em find815.com". Sim! Uma chamada de Lost!)

E chegamos ao final do primeiro arco - e do primeiro mês - de Brand New Day, nova fase do Aranha onde Amazing sai 3 vezes ao mês e possui 4 roteiristas e 5 desenhistas.

Após tentar enfrentar o novo aspirante a chefe do submundo, Mr. Negative, o Aranha tenta impedir que uma família da máfia seja morta, mas ele mesmo acaba respirando o gás. Mas o herói (e alguns outros) sobrevive porque o gás foi feito com sangue de um dos mafiosos - sangue que Peter Parker não tem. Eu sei, idéia estranha.

Carlie, uma das novas personagens, é perita forense, e ela é mais uma das personagens Marvel que recentemente vem "alfinetando" as séries de televisão da franquia CSI.

Enquanto isso, Dexter Bennett chega para assumir o Clarim Diário, vendido a ele após o ataque cardíaco de Jameson. Acabou uma era.

O Aranha então deve impedir que Mr. Negative mate as crianças das famílias mafiosas. Bááásico.

Quando Ultimates 3 #1 chegou na minha mão, confesso que li pra saber se os desenhos do Madureira melhoraram. E só pioraram.

Agora, na segunda edição, Jeph Loeb continua com sua tradicional história de "quem matou", e a vítima foi a Feiticeira Escarlate, sem contar personagens totalmente transformados sem sentido, tramas fracas e vilões que deveriam estar mortos...

Loeb deve ter esquecido que é uma série dos Supremos e já colocou o Homem-Aranha, que só entra na equipe quando ficar adulto. Mal ele aparece o Gavião Arqueiro começa a atirar, transloucado. A arte de Madureira deixa os olhos da máscara do Aranha grandes demais, enquanto ele não tem nariz. Quando o Capitão chama o Gavião, eles simplesmente deixam o Aranha imobilizado na neve.

Então, enquanto Pietro chora a morte da irmã, a Irmandade ataca. O Blob parece um daqueles vilões de jogos contra zumbis alienígenas. Horrendo. Além disso, o visual do Homem de Ferro agora é igual ao do tradicional. Lastimável.

A luta corre de forma confusa, e Pietro decide se juntar à Irmandade e quem aparece? Wolverine! Esse título está uma bagunça... Eu não entendo mais nada. Nem sei se quero entender.

Qual o sentido de colocar alguém na equipe pra logo tirar?

A Supergirl entrou nos Titãs no número 50 da atual série e agora, no 55, já sai. Claro que influencia o fato de Sean McKeever, roteirista atual, só começar a escrever realmente agora, já que o arco anterior foi imposto pelos editores depois da saída de Adam Beechen, que mal ficou na série.

Enquanto isso, o melhor personagem é o que não faz parte da equipe (ainda), o Besouro Azul, com as melhores piadas sem sentido.

Tim (Robin) e Cassie (Moça-Maravilha) decidem assumir a atração que sentem, e saem para jantar. Claro que aparecem bandidos, e eles precisam entrar em ação.Aí começam os problemas: Jamal Igle deixa todos eles bem mais velhos. Enquanto alguns desenham um Robin ainda criança, Igle deixa Cassie até com certas rugas e marcas de expressão.

Grant Morrison, em New X-Men, fez histórias fantásticas com os mutantes, mas desconsiderando muita coisa. Joss Whedon, em Astonishing X-Men, considera tudo que puder. E, com John Cassaday nos desenhos, fez uma das séries mais memoráveis.

Temos um Wolverine doido por brigas, uma Kitty Pryde que luta desde a adolescência, uma Emma sacana, um Fera observador, um Ciclope líder e um Colossus como a força que não quer ser usada. Ou seja, Whedon sabe como trabalhar personagens muito bem.

Na luta no Grimamundo, os X-Men se dividem para cumprir a profecia de Colossus destruir o mundo, enquanto destróem o míssil destinado à Terra. Porém, Colossus cumprirá a profecia? E como impedir uma bala gigante, já que o míssil não possui motor?

É isso que será respondido em Giant-Size Astonishing X-Men #1, que concluirá a fase Whedon/Cassaday. Que droga.

X-Men #207 encerra a saga Messiah CompleX, iniciada através dos arcos de Mike Carey na revista e com dicas de como Ciclope e Xavier iriam agir através das histórias de Ed Brubaker em Uncanny X-Men. Mas, mesmo assim, não dava para esperar tanto.

Ao final de Dinastia M, a Feiticeira Escarlate declarou: Chega de mutantes. E eles se reduziram a quase 200. O resto perdeu os poderes, como Jubileu e Blob.

Isso muda quando nasce o primeiro bebê mutante desde esse Dia-M, e todos querem o bebê para si, para poder manipular o futuro da raça. Estão na briga os X-Men, os Carrascos e os Purificadores mas, durante a saga, outros lados aparecem. Com isso surgiu a nova X-Force, uma força assassina apoiada por Ciclope (cada vez mais direto e extremista) e liderada pelo Wolverine (nada mais natural).

A edição final da saga já começa surpreendente, com Cable (que está com o bebê) fugindo do Predador X, um bicho que se alimenta de mutantes. O Predador então abocanha Bishop, que traiu os X-Men para matar o bebê. Os Novos X-Men (os estudantes) entram na luta contra os Carrascos, bem mais experientes, mas que nunca viram os jovens na vida.

É uma pena que, a partir daí, os desenhos de Chris Bachalo comecem a comprometer a leitura. Tudo fica horrível de entender de primeira. Mesmo quando Vampira acorda e decide matar Mística absorvendo suas memórias ou quando Cable entrega o bebê para Ciclope (depois pega de volta e vai embora com a criança), tudo está mal desenhado, as pressas.

Engraçado como ainda confiaram no Bishop. Ele traiu a equipe durante a Guerra Civil, e agora piorou, acertando Xavier com um tiro na cabeça.

Agora é saber como serão as histórias dos X-Men.